
Marie Curie: A mulher que desvendou a radioatividade e quebrou barreiras
De uma estudante em Paris a duas vezes ganhadora do Prêmio Nobel, conheça a jornada de Marie Curie, a cientista pioneira cujas descobertas mudaram a medicina e abriram o caminho para a participação feminina na ciência.
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8/12/20252 min ler
Marie Skłodowska-Curie (1867-1934) foi uma física e química polonesa e naturalizada francesa. Sua vida é a prova de que a dedicação à ciência e a paixão pelo conhecimento podem quebrar barreiras e alcançar o impensável.
Da Polônia à Paris: O começo de uma jornada
Nascida em Varsóvia, Polônia, Marie cresceu em uma família que valorizava a educação. No entanto, naquela época, as mulheres eram proibidas de estudar em universidades polonesas. Determinada, ela se mudou para Paris e se matriculou na famosa Universidade de Sorbonne. Lá, vivendo com poucos recursos, ela se dedicou aos estudos de física e matemática, onde se destacou como uma das melhores alunas. Foi na Sorbonne que ela conheceu e se apaixonou por Pierre Curie, um físico brilhante que se tornaria seu marido e parceiro científico.


A descoberta que mudou a física
Após se casarem, Marie e Pierre começaram a pesquisar a radioatividade, um fenômeno descoberto pelo físico Henri Becquerel. Trabalhando em um laboratório improvisado, em condições precárias, eles se dedicaram a processar toneladas de um minério chamado pechblenda.
Em 1898, o casal fez uma descoberta extraordinária. Eles isolaram dois novos elementos químicos que eram muito mais radioativos que o urânio. Eles batizaram o primeiro de polônio, em homenagem à terra natal de Marie, e o segundo, o mais poderoso, de rádio. A descoberta da radioatividade, nome cunhado por Marie, mudou para sempre a física e a química.
Dois prêmios Nobel e um legado imortal
As conquistas de Marie Curie são quase inigualáveis:
Prêmio Nobel de Física (1903): Marie, Pierre e Henri Becquerel dividiram o prêmio pela pesquisa sobre radioatividade. Marie se tornou a primeira mulher a ganhar um Prêmio Nobel.
Prêmio Nobel de Química (1911): Após a morte trágica de Pierre em 1906, Marie continuou sua pesquisa e foi premiada novamente, desta vez sozinha, pela descoberta do polônio e do rádio. Ela se tornou a única pessoa a ganhar o Prêmio Nobel em duas áreas científicas diferentes.
Durante a Primeira Guerra Mundial, Marie Curie usou suas descobertas de forma prática. Ela desenvolveu unidades móveis de raios-X, apelidadas de "pequenas Curies", que ajudavam a diagnosticar ferimentos de soldados no campo de batalha. Marie e sua filha, Irène, dirigiam as unidades, salvando inúmeras vidas.
Marie Curie faleceu em 1934, vítima de uma doença causada pela exposição prolongada à radiação. No entanto, seu legado vive até hoje. Seus trabalhos pioneiros abriram o caminho para a energia nuclear, a medicina nuclear e a radioterapia, tratamentos que salvam vidas em todo o mundo. Ela é uma inspiração eterna de que o conhecimento, a determinação e a paixão podem romper todas as barreiras.
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