O dinheiro não tem cheiro": A curiosa história dos Romanos usando urina

A razão principal por trás dessa prática bizarra era a amônia. A urina humana contém uma quantidade significativa de ureia, que, ao ser exposta ao ar, se decompõe e forma amônia. A amônia é um composto químico que tem um forte poder de limpeza e é um excelente agente branqueador.

Para os romanos, que não tinham acesso às pastas de dente e enxaguantes bucais que usamos hoje, a amônia da urina era uma solução eficaz. Ela ajudava a remover manchas e a clarear os dentes, além de matar bactérias na boca, o que auxiliava a combater o mau hálito.

Eles não usavam a urina pura; a prática era mais comum em banhos públicos e lavanderias, onde a urina era coletada para a limpeza. No entanto, o uso na higiene bucal, especialmente em áreas onde o acesso à água limpa era limitado, era uma prática conhecida.

A Urina no Comércio Romano

O uso de urina era tão comum que o imperador Vespasiano (69-79 d.C.) chegou a instituir um imposto sobre a coleta de urina de banheiros públicos, o vectigal urinae.

Quando o filho de Vespasiano, Tito, reclamou do imposto, o imperador lhe mostrou o dinheiro arrecadado e disse a famosa frase: "Pecunia non olet", que significa "O dinheiro não tem cheiro". Essa frase se tornou um ditado popular para justificar lucros de origem duvidosa.

Embora o uso da urina para clarear os dentes tenha sido uma prática real, é importante notar que não era universalmente aceita e, com o tempo, foi substituída por outros métodos de higiene. No entanto, a história continua sendo um lembrete fascinante de como as sociedades antigas usavam os recursos disponíveis para resolver problemas de uma forma que, para nós, pode parecer inusitada.

Se você gostou de saber sobre esse segredo romano, prepare-se para mais. Venha conhecer outras curiosidades que vão te fazer questionar tudo o que você achava que sabia.